CENTENÁRIA: A FORÇA DA TRADIÇÃO QUE SE REFAZ

A História da Fazenda
Fundada em 1912, a Fazenda Santa Cecília está ligada a pessoas visionárias. É a primeira propriedade cafeeira da região de Garça (SP).
Em 1911, Joaquim Álvaro Pereira Leite e outros pioneiros adquiriram terras no interior paulista, então distrito de Pirajuí. Um ano depois, surgiu a Fazenda Santa Cecília da Corredeira.
Eram terras com pouca interferência do progresso humano: matas virgens e fechadas, povoadas por índios selvagens, com uma variedade de animais e plantas nativas.
Labieno da Costa Machado e Carlos Ferrari, reconhecidos como os fundadores da cidade de Garça (SP), só chegaram à região em 1916, quatro anos depois da fundação da Fazenda Santa Cecília.
Quando eles chegaram, provavelmente já encontraram os primeiros pés de café. Joaquim Pereira Leite, com visão empreendedora, plantou 70 mil cafeeiros, projetando Garça no Brasil e no mundo pela sua produção de café de boa qualidade.
Enquanto os cafeeiros dessa fazenda evoluíam, na cidade de Araras (SP), o francês Luiz Nouguês (criador do método de pasteurização que resultou no leite condensado), vendia seu laticínio para a Nestlè, a fim de se dedicar à agropecuária.
Buscando um local propício para investir, em 1918, Luiz chegou ao distrito de Corredeira. Impressionado com a exuberância das plantações de café, decidiu se estabelecer na região e comprou as fazendas Santa Cecília e Santa Júlia.
Na época, eram 450 alqueires de terra com 80 mil pés de café, 10 casas de colonos, tulhas de armazenamento e máquinas de beneficiamento movidas a locomoção a vapor.
Na década de 1970, a Santa Cecília foi dividida em 3 fazendas (São João, Palmares e Santa Cecília – área em que ficou a sede). Mais de 100 anos depois, retomou sua forma original sob a gestão da família Peres, mantendo viva uma tradição centenária que se renova com inovação e paixão pelo café.